Este blog...



Este blog surgiu com a proposta de "história e caos". E o que era isso?

Era para falar de História, e em outros momentos falar de qualquer outra coisa. Em algum momento ele se tornou o contrário, passou a falar de todo o resto, e não mais de História.

Outro problema surgiu nesse meio tempo: eu passei a não conseguir mais me expressar. Simplesmente não conseguia traduzir meus pensamentos em palavras. Eu não faço terapia, nunca fiz. Não faço ideia do porque isso aconteceu. 

Mas o fato é esse.

Razão pela qual passei posts e posts falando de futebol. É algo que eu gosto muito, e que me possibilitava falar de qualquer outra coisa, sem precisar entrar nos meandros dos meus pensamentos.

Sempre achei que escrever era a única coisa que eu sabia fazer bem... talvez eu tenha decidido acreditar nisso, porque não achava nenhuma outra coisa que eu fosse bom em fazer. 

E talvez isso não seja verdade.

Leio tanta gente boa por aí, tanta gente que sabe de fato o que é essa arte da escrita. Essa arte de traduzir em palavras aquilo que se passa dentro de si, ou até de simular situações do mundo real.

Acho que não é a minha. Eu acreditei em uma mentira, para talvez não me sentir tão inútil assim.

Essa noção vem de um sentimento que estou sentindo hoje. Perdi uma amiga há meses atrás, pelo maldito coronavírus, e só descobri hoje. 

Me isolei tanto do vírus, que me isolei de amigos e amigas. A vida continuou rolando, sem parar, como sempre foi. Mas no auge desse isolamento, perdi completamente a noção. Achei que estaria tudo em stand by, em espera, achando que depois da tão desejada vacina, tudo voltaria a ser como era. Mas a vida é o rio que não podemos nos banhar duas vezes... muda o rio... mudamos nós...

Descobri isso, que ironia, por um boa lembrança. Lembrança que me levou a uma curiosidade "como estão?". Ao ir atrás, fiquei chocado, devastado! Perdi alguém que teve uma participação importante num período da minha vida, e mal pude, no tempo do acontecimento, passar por aquilo.

Parece bobagem... mas não é o que eu sinto. Acho triste, muito triste. É como se eu não participasse de uma parte da minha própria vida. Porque a vida daqueles que passam pela nossa vida, em parte, é a nossa vida.

Esse relato combina com a confusão desse espaço, com a confusão dessa cabeça. Isso tudo é efeito de um luto atrasado... 



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