O poema "In Flanders Fields" (nos campos de Flandres) foi escrito
pelo canadense tenente-coronel John Mcrae, em 3 de maio de 1915, durante a
primeira guerra mundial, após ele ter visto a morte de seu amigo no dia
anterior, o tenente Alexis Helmer.
O poema foi publicado em 8 de dezembro daquele ano pela revista inglesa
semanal Punch, e se tornou o mais famoso da primeira guerra.
Contexto
Flandres é uma região da atual Bélgica e onde eles estavam em combate. As
papoulas cresciam aos montes naqueles campos de guerra. As papoulas viraram
símbolo do Dia da Lembrança, também chamado de Dia do Armistício ou Dia da Papoula
(Poppy Day).
Este poema ainda é cantado nas cerimônias do Dia da Lembrança no Canadá,
Estados Unidos e Inglaterra.
Em português, Nos Campos de Flandres
Nos Campos de Flandres
Nos campos de Flandres
as papoulas estão florescendo entre as cruzes
que em fileiras e mais fileiras assinalam
nosso lugar; no céu as cotovias voam
e continuam a cantar heroicamente,
e mal se ouve o seu canto entre os tiros cá embaixo.
Somos os mortos... Ainda há poucos dias, vivos,
ah! nós amávamos, nós éramos amados;
sentíamos a aurora e víamos o poente
a rebrilhar, e agora eis-nos todos deitados
nos campos de Flandres.
Continuai a lutar contra o nosso inimigo;
nossa mão vacilante atira-vos o archote:
mantende-o no alto. Que, se a nossa fé trairdes,
nós, que morremos, não poderemos dormir,
ainda mesmo que floresçam as papoulas
nos campos de Flandres.
Versão original, In Flanders fields
In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.
We are the Dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved and were loved, and now we lie,
In Flanders fields.
Take up our quarrel with the foe:
To you from failing hands we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders fields.
Em alemão, Auf Flanderns Feldern
Auf Flanderns Feldern blüht der Mohn
Zwischen den Kreuzen, Reihe um Reihe,
Die unseren Platz markieren; und am Himmel
Fliegen die Lerchen noch immer tapfer singend
Unten zwischen den Kanonen kaum gehört.
Wir sind die Toten. Vor wenigen Tagen noch
Lebten wir, fühlten den Morgen und sahen den leuchtenden Sonnenuntergang,
Liebten und wurden geliebt, und nun liegen wir
Auf Flanderns Feldern.
Nehmt auf unseren Streit mit dem Feind:
aus sinkender Hand werfen wir Euch
Die Fackel zu, die Eure sei, sie hoch zu halten.
Brecht Ihr den Bund mit uns, die wir sterben
So werden wir nicht schlafen, obgleich Mohn wächst
Auf Flanderns Feldern.
Auf Flanderns Feldern blüht der Mohn
Zwischen den Kreuzen, Reihe um Reihe,
Die unseren Platz markieren; und am Himmel
Fliegen die Lerchen noch immer tapfer singend
Unten zwischen den Kanonen kaum gehört.
Wir sind die Toten. Vor wenigen Tagen noch
Lebten wir, fühlten den Morgen und sahen den leuchtenden Sonnenuntergang,
Liebten und wurden geliebt, und nun liegen wir
Auf Flanderns Feldern.
Nehmt auf unseren Streit mit dem Feind:
aus sinkender Hand werfen wir Euch
Die Fackel zu, die Eure sei, sie hoch zu halten.
Brecht Ihr den Bund mit uns, die wir sterben
So werden wir nicht schlafen, obgleich Mohn wächst
Auf Flanderns Feldern.
Em francês, Au champ d'honneur
Au champ d'honneur, les
coquelicots
Sont parsemés de rangée en rangée
Auprès des croix; et dans l'espace
Les alouettes devenues lasses
Mêlent leurs chants au sifflement
Des obusiers.
Sont parsemés de rangée en rangée
Auprès des croix; et dans l'espace
Les alouettes devenues lasses
Mêlent leurs chants au sifflement
Des obusiers.
Nous sommes morts,
Nous qui songions la veille encor'
À nos parents, à nos amis,
C'est nous qui reposons ici,
Au champ d'honneur.
Nous qui songions la veille encor'
À nos parents, à nos amis,
C'est nous qui reposons ici,
Au champ d'honneur.
À vous de porter l'oriflamme
Et de garder au fond de l'âme
Le goût de vivre en liberté.
Acceptez le défi, sinon
Les coquelicots se faneront
Au champ d'honneur.
2 Comentários
Assim que meu pai faleceu em 1988 eu achei em suas gavetas um papelzinho amarelado com esse poema. Não era uma anotação dele mas sim parte de um livreto do qual ele retirou por ter gostado. Já se passaram 26 anos mas eu achei que aquilo era uma mensagem que me serviria para o resto da minha vida. Até hoje ela me serve para levar em frente a nossa batalha pela vida. Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirO poema é acima de tudo uma critica da estupides e da futilidade daquela guerra, causada por poucos membros da realeza européia,glorificada por centenas de oficiais,generais, comandantes e dilacerada em última e total épica degradação, do gênero humano. por milhões de recrutas e civis mortos ou mutilados,os que foram as verdadeiras vítimas sacrificadas nesse supremo combate...
ResponderExcluir