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Kings will be kings |
Numa terra distante, dois reis se encontram em uma caminhada pelos vales. Ariel, servo do rei Soberbo II, fica a espreita enquanto o rei Cone IV lamenta-se ao velho amigo.
_ Não é que eu não queria mais viver, é que... não entendo por que fazê-lo.
_ Ora, esta sua incompreensão é desnecessária.
_ Não acho. Meus sentidos, minhas necessidades, minhas dúvidas.
_ É a equação do egoísta, interessante.
_ Chame do que quiser.
_ Porque tanta irritação? Foi dar um beijo na dama e ela virou travesseiro?
_ Não estou irritado, aliás, fiquei com seu jeito.
_ Agora a culpa é minha, a conversa está ficando mais interessante.
_ Você e suas certezas, sua falta de reflexão, sua soberba... sua ...
_ Vamos, bata mais, aproveite o sparring, meu masoquismo.
_ Não se empapuça de si ?
_ Derramo a taça até.
_ Como deixam um soberbo como tu governar?
_ Não pedi a permissão de ninguém para cumprir meu dever. Mas já que perguntou, e tu ?
_ O que tem eu?
_ Como você governa ou te deixam governar?
_ Eu tenho ministros, não governo. Eu sou um belo enfeite para o trono.
_ Como vive assim?
_ Era sobre o que eu estava refletindo até você dizer que era desnecessário.
_ Há quanto tempo és rei?
_ Mais de 15 anos.
_ Está refletindo há 15 anos ou só agora parou para refletir?
_ Cretino.
_ Disponha, rei.
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