O Homem Velho e a Criação dos deuses do Norte

[Serei um rapazinho sério neste post!].

Para contar histórias, precisamos viajar um pouco na maionese e mergulhar no mundo da fantasia, do fantástico, do faz de contas.


Odin


Histórias assim podem ser contadas na beira da fogueira, em uma noite estrelada com uma caneca de cerveja ou vinho nas mãos, depois de apreciado uma boa música com alguns instrumentistas animados, tocando e cantarolando.

Pouco a pouco o álcool vai subindo e uma brisa atinge a todos, que um a um vão parando de cantar e tocar.

É como se percebessem que o homem velho estava se aproximando com seu cavalo.

O silêncio toma conta assim que o homem velho desce de seu cavalo, e todos olham atentos para ele que acena com a cabeça cumprimentando-os.

Há um tronco de uma árvore onde ele se senta, de forma que todos os presentes possam vê-los e os que estão mais distantes possam ouvi-lo.

Ele olha para o garoto Ariel e este já sabe o que fazer: encher uma boa caneca com vinho e servir-lhe com um pedaço de pão. O homem velho bebe o vinho e come o pão lentamente até finalmente acabar. Quando acaba ele olha para o horizonte e começa a contar sua história...


Ginnungagap


Ginnungagap, o vazio, o caos, onde tudo começou.

Deste caos, surgiram dois mundos: o mundo de gelo de nome Niflheim e o mundo de fogo de nome Muspelheim.

Eras após, estes mundos se encontraram no meio de Ginnungagap. O ar quente de Muspelheim atingiu o gelo de Niflheim. Deste choque nasceram o gigante, o jötunn Ymir e a vaca Audhumla.

Dos pés de Ymir nasceu um filho, das suas axilas nasceu uma filha e enquanto dormia, do seu suor nasceu Surtr, um jötunn de fogo e outros gigantes.

Enquanto Ymir mamava o leite direto nas tetas de Audhumla, ela lambeu uma pedra de gelo salgada de Ginnungagap. No primeiro dia, desta pedra saíram cabelos de homem, no segundo a cabeça do homem surgiu e no terceiro dia sai dela todo seu corpo. Surgiu assim Búri, o primeiro deus.

Ymer dier koen Odhumla (1777) de N. A. Abildgaard

Búri casou-se com Bestla, filha de Bölthorn, outro gigante.

Deste casamento nasceram três filhos deuses: Vili, Vé e o futuro deus de Asgard, Odin.

Quando finalmente fortes, os deuses mataram o gigante Ymir. Seu sangue inundou o mundo todo e afogou todos os jötunn, exceto dois. Estes dois reproduziram-se e equipararam-se com a quantidade de deuses novamente.

Dos restos de Ymir, os deuses criaram sete mundos. Da pele fizeram a terra; do sangue os oceanos, rios e lagos; dos ossos as montanhas; dos dentes as rochas; do cerébro as nuvens e do seu crânio o firmamento. As faíscas de Muspelheim subiram aos céus e viraram estrelas. Eles criaram o sol e a lua, assim como o dia e a noite que andavam em carruagens ao redor de Midgard trazendo o dia e a noite .

O primeiro casal de humanos foi Askur e Embla. Nasceram de dois troncos de árvores cuja vida foi dada por Odin, a razão foi dada por Vili e os sentidos dados por Vé. Os deuses construíram um reino na terra média para eles com uma enorme cerca, feita das pestanas de Ymir, para assim protegê-los dos gigantes.


Caricatura de Yggdrasil


Além dos mundos existentes Muspelheim, o reino do fogo; Niflheim, reino do gelo; o recém-construído mundo dos humanos, Midgard, os deuses criaram outros mundos, totalizando nove deles.

Asgard o reino dos deuses. Vanaheim o repouso dos Vanir que fica em Asgard. Jötunheim, o reino dos gigantes. Álfheim, o reino dos elfos da luz. Heilheim, a terra de Hel, para onde vão os mortos e Svartálfaheim, a terra dos elfos negros. "

O homem velho olha novamente para Ariel que lhe traz outra caneca com vinho. Ele bebe em um só gole e levanta-se. Sem dizer uma palavra se quer, ele sobe em seu cavalo e parte para floresta, rumo às montanhas, observado com admiração por todos.

Nyk quebra o silêncio com um assopro na flauta. Todos sorriem e voltam a beber e cantarolar noite adentro!


Tschüss!!

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1 Comentários

  1. Site 10/10 parabéns
    conteúdo e qualidade!
    É uma pena que algo com conteúdo é pouco visto e comentado se fosse um site de fofoca ou qualquer outra porcaria sensacionalista seria muito mais famoso
    uma pena que a inclusão digital não é uma inclusão cultural
    Informação sem discernimento só cria alienação.
    Continue assim.

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