Constelação da Lira. Orfeu e Euridice




Constelação da Lira

 

A constelação da lira tem Vega como sua principal estrela, que é a 5º estrela mais brilhante do céu.

Fica ao lado das constelações de Cisne (cignus), Hércules, Dragão (Draco), raposa (Vulpecula)

Na mitologia grega, a Lira é o instrumento pertencente a Orfeu. Após sua morte, Zeus enviou uma águia para buscar a lira que havia caído no rio, e colocá-la nos céus, em forma de estrelas.

Esta águia prestou muitos serviços a Zeus e também foi transformada em constelação, cuja estrela alpha é Altair _ que em árabe significa a águia voadora.




Orfeu e Eurídice


Filho do deus sol Apolo e da musa Calíope, Orfeu ganhara quando criança, uma lira, e com ela tocava os mais belos sons, e nada, nada, podia resistir a beleza de suas canções.

Amolecia as rochas, faziam as árvores curvarem-se próximas a ele, assim como os animais, que perdiam a sua ferocidade [fazia com que os políticos, policiais e jornalistas não se corrompessem... ]

Foi morto pelas donzelas trácias que ficaram revoltadas por serem desprezadas por ele. Mas elas não sabiam o porquê ele havia se tornado tão amargo e distante das mulheres...

Antes disso tudo, Orfeu casou-se com a bela Eurídice.

Aí... um criador de abelhas chamado Euristeu, viu a moça bonita e queria dar uns pegas nela, sem se importar que ela era casada [olha o 9º mandamento sendo ignorado aí gente] e que ela não queria nada com ele pois amava o marido.

O assédio sexual era tão tenso, que ela um dia teve que correr dele. Nessa corrida ela tropeçou, caiu, foi picada por uma cobra e ... morreu =/

Orfeu ficou profundamente triste e tocou sua lira a fim de que algum deus do Olimpo pudesse saber de sua dor e trazer sua amada de volta.

Mas ninguém fez nada.

Orfeu desceu ao rio Aqueronte para convencer o barqueiro Caronte a deixá-lo ir até o mundo dos mortos.

Com tamanha tristeza em sua canção, Caronte lhe autorizou a travessia. Cerbero dormiu e Orfeu pode ir até a presença de Hades e Perséfone.

Com sua lira em punho, Orfeu faz o pedido ao deus das profundezas:


"Ó divindades do mundo do mundo inferior, para o qual todos nós que vivemos teremos de vir, 
ouvi minhas palavras, pois são verdadeiras. 
Não venho para espionar os segredos do Tártaro, nem para tentar experimentar minha força contra o cão de três cabeças que guarda a entrada. 
Venho à procura de minha esposa, cuja mocidade o dente de uma víbora pôs um fim prematuro. 
O amor aqui me trouxe, o Amor, um deus todo-poderoso entre nós, que mora na Terra e, se as velhas tradições dizem a verdade, também mora aqui. 
Imploro-vos: uni de novo os fios da vida de Eurídice. 
Nós todos somos destinados a vós, por essas abóbadas cheias de terror, por estes reinos de silêncio, e, mais cedo ou mais tarde, passaremos ao vosso domínio. 
Também ela, quando tiver cumprido o termo de sua vida, será devidamente vossa. Até então, porém, deixai-a comigo, eu vos imploro. 
Se recusardes, não poderei voltar sózinho, triunfareis com a morte de nós dois".

Hades permite que Orfeu a leve, com uma condição: Que ele não olhe para Eurídice enquanto eles não atingirem a luz do sol.

Orfeu caminha em silêncio na frente de sua amada evitando olhar para trás.

Porém, quando está próximo de chegar, ele se distrai e dá uma olhadinha para trás para certificar-se que ela o segue.

Nessa hora Eurídice estende os braços para abraçar Orfeu, e antes que ele pudesse tentar qualquer coisa... ela some no ar, como fumaça...

_ Adeus... um último adeus!

Muito cedo, porém, volve os olhos Orfeu
E de novo ela cai, e de novo morreu!
Como conseguirás as três Parcas domar?
Crime não houve teu, se não é crime amar.

E, agora, debruçado sobre os montes.
Junto à água das fontes
Ou onde o Hebro abre seu caminho
Orfeu chora sózinho

E, em luto e em pranto, invoca a alma querida,
para sempre perdida!

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