O não uso do cérebro pode causar atrofia?
Antes de responder a esta pergunta precisamos saber um pouco mais sobre atrofia.
A atrofia _ do grego a (sem) + trophos (alimentar) _ é um processo
de perda de proteínas e outros materiais celulares que podem afetar
algum tecido ou órgão. Uma das formas da ocorrência da atrofia é o
desuso de um órgão. Quem não anda ou anda muito pouco, não desenvolve os
músculos necessários a este movimento, ou seja, ele fica atrofiado.
As
mulheres chinesas, para terem os pés pequenos (atrofiados) _ também
chamados de Pés de Lotus _ quebravam os dedos e calcanhares e passavam
tiras de pano em volta. Esse processo começava antes do desenvolvimento
dos pés, ou seja, na infância. Crianças de 4 a 7 anos passavam por essa
maluquice, tudo porque varias dinastias de reis tinham taras por pés
pequenos _ isso perdurou por quase 10 séculos inteiros.
Outro
órgão que pode sofrer atrofia, é nosso querido cérebro. E é grave.
Causa além de problemas motores, problemas de memorização, afeta o humor
e a personalidade do indivíduo. Pode ser causado pelo uso excessivo de
álcool, idade avançada, doenças genéticas como Alzheimer e Huntington.
Estudos (ver fontes) apontam que existem estruturas cerebrais que se desenvolvem mais de acordo com o estimulo dos processos cognitivos.
[Cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.]
Podemos dizer então, que quanto mais se usa o cérebro, mais ele cresce. E quem pouco o usa, ele não cresce. E isso cai no mesmo caso da atrofia por desuso, porém, não acontece por uma questão patológica, e sim individual ou social.
Mas ainda existe outra questão.
A cognição, como dito, se dá pela percepção e aprendizado do mundo através dos cinco sentidos (audição, tato, paladar, visão e olfato), então mesmo uma pessoa que pouco lê, mas tem uma vida social ativa, pratica esportes e várias outras atividades, pode ter um cérebro desenvolvido. Pessoas que passam o dia todo efetuando as mesmas atividades, repetindo o mesmo movimento, pouco desafiam seu cérebro.
E o quanto temos desafiado nossas mentes? O quanto temos buscado respostas? Quantas respostas prontas temos aceitado?
Cabe a cada qual a reflexão.
Fontes
Protecting your brain: 'Use it or lose it' - Science Daily
The Brain...Use it or Lose It - Johns Hopkins School of Education
Proteja seu cérebro: use-o ou perca-o - Diário da Saúde
Cognição - Wikipédia
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