Os Prejuízos do Pensamento Binário



O pensamento binário consiste em reduzir qualquer questão, seja política, religião, futebol ou outra, em dois lados opostos e confrontá-los, criando assim uma falsa dicotomia ou falso dilema.

Digamos que você está discutindo futebol com algum amigo que torce para o mesmo time que o seu, e você diz que discorda do pênalti marcado a favor do seu time. Esse seu amigo te olha com estranheza e diz que você não é torcedor de verdade, pois se você não está a favor do seu time, está obviamente contra ele.

Seu amigo reduziu todas as formas de ser torcedor em apenas duas: a favor e contra. Mais do que isso: ele definiu para cada lado um conjunto de características.

Na cabeça dele, qualquer pessoa que critica o time está sendo contra, não importa se o juiz errou ou não. Na cabeça dele, torcedor de verdade vai no estádio pelo menos uma vez por mês, quem só assiste pela TV não é torcedor de verdade. Na cabeça dele, quem não sabe a escalação do time de cor não é torcedor de verdade e por aí vai.

Para deixar mais claro o que quero dizer, tem esta frase que vi escrita no facebook: "Não adianta ser motociclista se você não tem estilo".

"Não adianta" quer dizer que não faz sentido, que não há razão de ser. Não faz sentido ser motociclista se você não tem estilo. O que ao contrário quer dizer que só há razão de ser motociclista aquele que tem estilo. Então se você não tem estilo, nem precisa se dar ao trabalho de ter uma moto, nem precisa ser motociclista.

A estratégia da venda é criar uma falsa dicotomia para te fazer acreditar que só existem dois tipos de motociclista (o de verdade e o de mentira), e claro, te fazer ficar ao lado dos motociclistas de verdade, o que significa te fazer gastar uma grana com equipamentos.

O que faz do torcedor, torcedor? Torcedor é a pessoa que torce, que deseja que o objeto de sua torcida saia vitorioso.

Não há nada dizendo quais são as formas de se torcer, em qual local torcer ou porque torcer.

O que faz do motociclista, motociclista? Motociclista é quem pilota moto.

Não há nada dizendo qual a moto se deve ter, qual a forma de se pilotar, como se vestir. Ser motociclista é saber pilotar ou pilotar com frequência uma motocicleta. Se você não sabe pilotar uma moto, você não é motociclista, assim como não é pedreiro se não sabe assentar tijolos ou bater uma massa.

Nas discussões sobre política, o maior exemplo é a batalha de décadas entre o capitalismo e ou comunismo. É como se estas fossem as únicas formas econômicas aplicáveis possíveis em qualquer sociedade. Características foram definidas para quem está de um lado ou está de outro. Se a pessoa é contra a propriedade privada, ela só pode ser comunista. Se a pessoa é a favor do estado mínimo, ela só pode ser capitalista. Não há espaço para proposições de outros modelos, pois o tempo todo um lado quer desqualificar o outro. Não há espaço para críticas internas, pois quem faz isso é silenciado sob a ameaça de ser um traidor.

E mesmo quem tenta não se estigmatizar se colocando de um lado ou de outro, normalmente é acusado por seus detratores de estar do outro lado ou de ser covarde por não escolher um lado _ como se o "não lado" não fosse por si um lado igualmente válido.
Capitalism vs Communism (Devianart)


E quais os prejuízos deste pensamento binário?

A razão e a verdade são muitas vezes esbofeteadas e jogadas para escanteio devido as questões ideológicas. O maniqueísmo toma conta das pessoas de forma que importa mais cometer erros em nome da ideologia do que acertar em nome da razão.

Isso se reflete quando o torcedor não se permite ser crítico ao próprio time, pois vê isso como uma heresia, uma traição.

Isso se reflete quando o motociclista gasta pilhas de dinheiro com acessórios para si e para a moto _ mesmo sem ver muito sentido nisso _ e não tem dinheiro para sair de casa.

Isso se reflete quando um político que se identifica com a direita, não quer utilizar uma solução que sabe que vai funcionar, porque esta solução é vista como uma atitude de esquerda. E vice-versa. Fora o fato de enxergarmos enquadramentos políticos apenas em direita e esquerda.

De forma geral, isso se reflete quando deixamos de apontar as falhas de nossas crenças por medo de acharmos que estamos traindo a nós mesmos ou algum coletivo que estamos inseridos. E por conta disso acabamos aceitando absurdos acontecer diante de nossos olhos e não temos coragem de dizer que aquilo está errado.

Se identificar com uma ideologia não é um crime, mas quando aceitamos isso sem a devida reflexão e o uso da crítica, acabamos nos cegando e sendo engolidos por interesses diversos que muitas vezes desconhecemos.


O mundo e a sociedade são muito complexos para acharmos que tudo se resume a bipolaridade. E se o pensamento binário é um viés cognitivo, temos que apostar mais ainda na razão para o superarmos ou pelo menos para sabermos como lidar com ele.

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5 Comentários

  1. *Sei que estas investindo tempo em outras coisas, mas queria deixar algo para a “posteridade” e também parabenizar pelo excelente texto Ricardo, descreveu e diferenciou perfeitamente a ciência econômica da ideologia. Quando você diz: “Nas discussões sobre política, o maior exemplo é a batalha de décadas entre o capitalismo e ou comunismo. É como se estas fossem as únicas formas econômicas aplicáveis possíveis em qualquer sociedade.” E que “A razão e a verdade são muitas vezes esbofeteadas e jogadas para escanteio devido as questões ideológicas”
    Citando Mises (Itálico meu):
    A Singularidade da Economia
    O que confere à economia sua posição única e peculiar, tanto na
    órbita do conhecimento puro como na da aplicação prática do saber,
    é o fato de que os seus teoremas não são passíveis de comprovação
    ou de refutação com base em experiências. Certamente, uma medida
    proposta por um raciocínio econômico correto produz os efeitos desejados,
    e uma medida proposta por um raciocínio econômico equivocado
    não atinge os objetivos pretendidos. Mas, ainda assim, esses
    resultados são sempre uma experiência histórica, ou seja, experiência
    de fenômenos complexos. Não servem, como já foi assinalado antes,
    para provar ou refutar qualquer teorema econômico.
    A adoção de medidas econômicas erradas resulta em consequências
    não desejadas. Mas esses efeitos não possuem jamais aquele poder
    de convencimento que nos é propiciado pelos “fatos experimentais”
    no campo das ciências naturais. Só a razão, sem qualquer ajuda
    da comprovação experimental, pode demonstrar a procedência ou a
    improcedência de um teorema econômico.
    A consequência nefasta desse estado de coisas é impedir que as
    mentes menos preparadas possam perceber a realidade dos fatos com
    que lida a economia. Para o homem comum, “real” é tudo aquilo que
    ele não pode alterar e a cuja existência tem que ajustar suas ações, se
    deseja atingir seus objetivos. A constatação da realidade é uma experiência
    dura. Ensina os limites impostos à satisfação dos desejos. É a
    contragosto que o homem reconhece que existem coisas – todas aquelas
    que decorrem de relações causais entre eventos – que não podem
    ser alteradas com base em crenças que decorrem de seus desejos e não
    de fatos. Não obstante, a experiência sensorial fala uma linguagem
    facilmente compreensível. Não se pode argumentar contra uma experiência
    feita corretamente. A realidade de fatos estabelecidos experimentalmente
    não pode ser contestada.
    Mas, no campo do conhecimento praxeológico, nem o sucesso e
    nem o fracasso falam uma linguagem clara que todos compreendam.
    A experiência decorrente exclusivamente de fenômenos complexos
    não consegue evitar interpretações em que os desejos substituem a
    realidade. A propensão, existente nos homens menos preparados, de
    atribuir uma onipotência aos seus pensamentos, por mais confusos e
    contraditórios que sejam, nunca é desmentida pela experiência de forma
    clara e sem ambiguidade. O economista jamais tem condições de
    refutar os impostores da mesma maneira que o médico pode refutar
    os curandeiros e os charlatães. A história só ensina àqueles que sabem
    como interpretá-la com base em teorias corretas.

    Mises, Ação humana, pg 975.

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  2. A economia e os julgamentos de valor
    Embora haja muitas pessoas que condenam a economia por sua
    neutralidade em relação a julgamentos de valor, há também os que a
    condenam por sua suposta indulgência em relação aos mesmos. Uns
    dizem que a economia deve necessariamente expressar juízos de valor
    e que, portanto, não é realmente uma ciência, uma vez que a ciência
    tem que ser indiferente a valores. Outros sustentam que a verdadeira
    ciência econômica deve e pode ser imparcial e que só os maus economistas
    infringem esse postulado.
    A confusão existente na discussão desses problemas é de natureza
    semântica e se deve à forma inadequada de muitos economistas empregarem
    certos termos. Suponhamos que um economista investigue
    se uma medida a pode produzir um resultado p para cuja realização
    foi recomendada; e que chegue à conclusão de que a não resultará em
    p, mas em g, um efeito que mesmo os que propõem a medida a consideram
    indesejável. Se esse economista enunciar o resultado de sua investigação
    dizendo que a é uma medida “má”, não estará formulando
    um juízo de valor. Estará apenas dizendo que, do ponto de vista dos
    que desejam atingir o resultado p, a medida a é inadequada. É nesse
    sentido que os economistas que defendem o livre comércio condenam
    o protecionismo. Eles demonstram que a proteção, ao contrário do
    que pensam os seus adeptos, diminui, em vez de aumentar, a quantidade
    total de produtos e que, portanto, é indesejável do ponto de vista
    dos que preferem que a oferta de produtos seja a maior possível. Os
    economistas criticam as políticas em função dos resultados que pretendem
    atingir. Quando, por exemplo, um economista diz que uma
    política de salários mínimos é má, o que está dizendo é que os seus
    efeitos contrariam os propósitos dos que a recomendam.
    É sob esse mesmo prisma que a praxeologia e a economia consideram
    o princípio fundamental da existência humana e da evolução
    social, qual seja, que a cooperação sob a divisão social do trabalho é
    um modo de ação mais eficiente do que o isolamento autárquico dos
    indivíduos. A praxeologia e a economia não dizem que o homem
    deveria cooperar pacificamente no contexto da sociedade; dizem apenas
    que o homem deve agir dessa maneira se deseja atingir resultados
    que de outra forma não conseguiria. A obediência às regras morais
    necessárias ao estabelecimento, à preservação e à intensificação da cooperação
    social não é considerada um sacrifício a uma entidade mítica
    qualquer, mas o recurso ao meio mais eficiente, como se fosse um preço
    a ser pago para receber em troca algo a que se dá mais valor.
    Todos os dogmatismos e todas as escolas antiliberais uniram as
    suas forças para impedir que as doutrinas heteronômicas do intuicionismo
    e dos mandamentos revelados fossem substituídas por uma ética
    autônoma, racionalista e voluntarista. Todas elas condenam a filosofia
    utilitarista pela impiedosa austeridade de sua descrição e análise
    da natureza humana e das motivações últimas da ação humana. Não
    há necessidade de acrescentar nada, em refutação a essas críticas, ao
    que está contido nas páginas deste livro. Um ponto apenas precisa ser
    novamente mencionado, porque, de um lado, representa a essência da
    doutrina de todos os mistificadores contemporâneos e, de outro, oferece
    ao intelectual comum uma bem-vinda desculpa para não ter que
    se submeter à incômoda disciplina dos estudos econômicos.
    Dizem esses críticos que a economia, no seu apriorismo racionalista,
    pressupõe que os homens visem unicamente, ou pelo menos primordialmente,
    ao bem-estar material. Mas, na realidade, os homens
    preferem os objetivos irracionais aos objetivos racionais. São guiados
    mais pela necessidade de atender a mitos e a ideais do que pelo desejo
    de ter um melhor padrão de vida.
    Em resposta, o que a economia tem a dizer é o seguinte: ...

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  3. ... 1 – A economia não pressupõe, e nem considera um postulado,
    que os homens visem unicamente, ou pelo menos primordialmente,
    ao que é denominado de bem-estar material. A economia, enquanto
    ramo da ciência geral que estuda a ação humana, lida com a ação humana,
    isto é, com a ação propositada do homem no sentido de atingir
    os objetivos escolhidos, quaisquer que sejam esses objetivos. Aplicar
    aos fins escolhidos o conceito de racional ou irracional não faz sentido.
    Podemos qualificar de irracional o dado irredutível, isto é, aquelas
    coisas que o nosso pensamento não pode analisar e nem decompor em
    outros dados irredutíveis. Nesse sentido, todos os objetivos escolhidos
    pelo homem são, no fundo, irracionais. Não é mais nem menos
    racional desejar a riqueza como o fez Creso ou aspirar à pobreza como
    o faz um monge budista.
    2 – O que os críticos têm em mente ao empregar o termo objetivos
    racionais é o desejo de maior bem-estar material e de melhor
    padrão de vida. Para saber se a sua afirmativa – de que os homens
    em geral e os nossos contemporâneos em particular estão mais interessados
    em mitos e sonhos do que em melhorar o seu padrão de
    vida – é ou não correta, basta verificar os fatos. Não há necessidade
    de muita inteligência para saber a resposta certa, e não precisamos
    aprofundar a discussão. Mesmo porque a economia nada tem a dizer
    a favor ou contra os mitos em geral; mantém a sua neutralidade em
    relação à doutrina sindical, à doutrina de expansão dos meios de
    pagamento, e a todas as outras doutrinas, na medida em que os seus
    partidários as considerem e as defendam como mitos. A economia
    só lida com essas doutrinas na medida em que sejam consideradas
    como um meio para atingir determinados fins. A economia não
    afirma que o sindicalismo trabalhista seja um mau mito; afirma apenas
    que é um meio inadequado para aumentar os salários dos que
    desejam ter salários maiores. Compete a cada indivíduo decidir se
    prefere seguir o mito ou se prefere evitar as consequências inevitáveis
    que advirão de sua realização.
    Nesse sentido, podemos dizer que a economia é apolítica ou não
    política, embora seja a base de todo tipo de ação política. Podemos
    ainda dizer que a economia é perfeitamente neutra em relação a todos
    os julgamentos de valor, uma vez que ela se refere sempre aos meios e
    nunca à escolha dos objetivos últimos que o homem pretende atingir.
    Mises, Ação humana; Pg 997.
    Ou seja a ciência econômica não faz julgamentos de valor (certo errado, moral, imoral), ela só julga se os meios propostos para atingir certos fins são adequados ou vão realizar o resultado desejado.
    Portanto se o motivo de possuir um sistema econômico é a eliminação da pobreza e a melhoria da qualidade de vida (por meio da geração de riqueza), o fato de se dizer que o “capitalismo” é um sistema econômico “superior” ao socialismo advém do fato de que os meios propostos pelo primeiro atingem de maneira mais eficaz o fim desejado que o segundo.
    (Mises provou que o modelo econômico socialista é impossível (seus meios não conseguem e jamais poderão atingir os fins desejados) ) (http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=66)

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  4. Quanto a “É como se estas fossem as únicas formas econômicas aplicáveis possíveis em qualquer sociedade.” Consigo pensar em várias: Socialismo, Fascismo, Capitalismo de estado (terceira via) , Anarcocapitalismo (Livre mercado) e Anarquia.Se elas atingem ou não seus fins pelos meios que decidem aplicar é outra história (análise econômica). Porém todas essas formas de organização podem ser classificadas em uma das categorias do texto abaixo:
    “Pessoas que não produzem nada, mas querem sobreviver, normalmente recorrem ao roubo.
    Atualmente, existem duas maneiras de roubar alguém: Ou você ataca diretamente o indivíduo e arrebata suas posses ou você utiliza o governo para fazer isso.
    A primeira maneira é considerada ilegal. Já a segunda, por alguma distorção moral, não apenas é tida como perfeitamente válida, como também passou a representar o ápice da moralidade.
    Há três maneiras na qual uma sociedade pode ser organizada:
    1) Todo mundo rouba todo mundo;
    2) Algumas pessoas roubam outras pessoas;
    3) Ninguém rouba ninguém.
    Hoje, a opção 2 é tida como a ideal, como o supra-sumo da ética, a única maneira na qual os seres humanos podem interagir entre si.
    Já os defensores da opção 3 são tidos como extremistas malucos e ridículos”
    Disponível em : http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=428
    Deve se ter cuidado quando pensamos em “outras formas de organização econômica” pois elas podem ser a mesma coisa com outro nome ou podem representar um retrocesso ao invés de um avanço, um exemplo é a terceira via . (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=995)
    Também devemos tomar cuidado para não serem criadas contradições (morais ou econômicas) nos sistemas propostos. (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1510)
    “Se identificar com uma ideologia não é um crime, mas quando aceitamos isso sem a devida reflexão e o uso da crítica, acabamos nos cegando e sendo engolidos por interesses diversos que muitas vezes desconhecemos.”
    Perfeito.
    O inverso também pode acontecer (podemos concordar com parte de ideologia) , exemplo você pode ser um liberal e nem saber, (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=865) (é claro que só por que alguém concorda com as perguntas acima ele não é um genuíno libertário , não pelo menos até refletir sobre todos os conceitos e julgar se são “certos” ou errados... , como você mesmo disse)

    “O mundo e a sociedade são muito complexos para acharmos que tudo se resume a bipolaridade. E se o pensamento binário é um viés cognitivo, temos que apostar mais ainda na razão para o superarmos ou pelo menos para sabermos como lidar com ele.”
    Perfeito.
    E podemos pensar fora da bipolaridade, mas não sem se esquecer do lado econômico de organização ( se os meios propostos atingem os fins desejados) .Porém a “ética” ou a moralidade também são importantes ( a sociedade não é baseada ou formada somente pelos seus respectivo sistemas econômicos ela é muito mais complexa , e geralmente é necessário certos “valores” para manter o sistema “funcionando”.)
    Um exemplo de sistema ético proposto é a ética Rothbardiana (http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=12 / http://www.mises.org.br/Product.aspx?product=18) ( onde a partir de princípios como o de não agressão (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2036) , auto propriedade e propriedade privada se derivam um sistema ético, que parece ser fácil de ser compreendido mas muitas vezes não é. (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1659).

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  5. Enfim a discussão binária realmente nunca vai levar a lugar algum, o problema de uma maneira geral é bem mais complexo, pois para um sistema econômico ser eficiente ele tem que com os meios propostos chegar a seu fim desejado (“ter coerência com a ciência econômica”) e devem ser levados em conta todos os efeitos das ações propostas (não só de curto prazo) e sobre todos os aspectos econômicos e sociais (não só em uma área ou grupo isolado). Assim como ele deve estar baseado em um sistema moral (ético) coerente e aplicável a todos (que não produza contradições, (nem entre indivíduos do sistema ou entre as regras morais do sistema e as regras morais aceitas pelos indivíduos)).
    Abraço o/

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